quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Protestos marcam Conferência da Juventude


Edição de 25/10/2011

Tensão

Manifestantes eram de grupos da União Jovem Socialistas e da UNE
abertura da II Conferência Estadual da Juventude, realizada ontem à noite no Hangar - Centro de Convenções e Feiras da Amazônia e promovida pela Coordenadoria de Proteção dos Direitos da Juventude, ligada à Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh), foi marcada por momentos de tensão e de muito protesto. A solenidade foi interrompida diversas vezes por um grupo de integrantes da União Jovem Socialistas, União Nacional dos Estudantes (UNE) e outras frentes de esquerda, que bradavam não ter um representante na mesa de abertura da programação, que segue até hoje. O momento mais inflamado aconteceu quando um desses membros partiu para cima de um representante estudantil pró-governo, mas sem chegar a agredi-lo.
Todos os que tentaram usar da palavra foram interrompidos por "gritos de guerra" entoados pelos estudantes esquerdistas. A deputada Ana Cunha (PSDB), que representou o presidente da Assembléia Legislativa do Estado do Pará (Alepa), o também tucano Manoel Pioneiro, se irritou ao ouvir "Não nos representa, não!" quando disse que era uma parlamentar jovem, assim como os manifestantes que ali estavam, e que por isso também representava um trabalho jovem dentro do Governo do Estado. "Um grupo que quer fazer manifestação sem ser democrático se torna autoritário!", declarou ao microfone, encerrando sua fala praticamente antes de começá-la.
O secretário de Justiça e Direitos Humanos, José Acreano Brasil Jr., também criticou o barulho feito pelos estudantes ligados à UNE e à UJS. "Jovens são solução, e não problema, dentro desse governo, eles são a engrenagem do motor da sociedade. Eu lamento que um momento tão importante como esse tenha espaço para pessoas que representam coisas, e não causas, que compõem grupos partidários e abusivos", declarou, entre vaias e aplausos.
No momento em que o representante da Coordenação Nacional de Educação, Rodrigo Morais, falava, houve o tumulto entre os estudantes. Nesse momento, o coordenador da programação, Simão Costa, além de apartar os envolvidos, conversou com os líderes esquerdistas na tentativa de acalmar os ânimos. "Nós queremos representação na mesa de abertura e nós não temos. Tentamos por várias vezes, nas conferências realizadas antes dessa programação, conversar, pedir para que tivéssemos uma representação nesse momento, mas não conseguimos", explicou o estudante Pedro Fonteles.
Simão, por sua vez, disse que a esquerda está representada na Conferência pelo Instituto Universidade Popular (Unipop). Ele explicou ainda que hoje, quando se encerra a Conferência Estadual, deve ser elaborado um plano estrutural a ser apresentado na Conferência Nacional, programada para acontecer no mês de dezembro, em Brasília (DF). "Esse momento é, na verdade, a resultante de uma série de encontros que fizemos em todas as regiões do Estado para discutir arte e cultura, trabalho e renda, educação e cidadania com o público estudantil. Para elaborar o plano, precisamos e queremos ouvir todos os lados, dar espaço para que todos se pronunciem", reforçou ele.

Por: http://www.orm.com.br/oliberal/interna/default.asp?modulo=247&codigo=559974


Um comentário:

  1. Fora alguns erros de grafia da matéria e alguns fatos tendenciosos, ela retratou um pouco do que foi a abertura da II Conferência Estadual de Juventude.

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