Abaixo
reproduzo a “CARTA ABERTA A ANA TANCRED”,
escrita pelo estudante de filosofia da UFPA, Alan Frick. Nela o camarada
descreve o processo de perseguição política e discriminação que vem sofrendo por
parte desta Professora, que, logicamente, é ligada à grupos do PSOL e ao PSTU:
Carta aberta a
Professora Doutora Ana Tancred,
Cara professora, soube que numa reunião de diretores de Institutos da
Universidade Federal do Pará, a senhora citou-me, nominalmente, afirmando,
entre outras coisas, que eu seria um ESTUDANTE PROFISSIONAL. Tudo isso seria
suscitado pelo fato de eu, em conjunto com outras pessoas, ter ajudado a chapa
PROPOSIÇÃO, que foi a chapa que ousou desafiar a senhora e seu grupo de amigos
e amigas iluminadas, detentores de toda a imunidade ética, enfim, verdadeiras
autarquias fundacionais. A verdade é que
o problema central são as eleições para a Reitoria de nossa universidade e a
sua preocupação, e a de parte da faculdade de Educação física, com o fato de
termos rompido com a ordem estabelecida
na Cátedra e apresentado um projeto para profissionalizar e democratizar a
execução dos JOGOS INTERNOS DA UFPA.
Porém, antes de qualquer argumentação neste sentido, quero falar um
pouco sobre o que o termo”ESTUDANTE PROFISSIONAL”:
Este termo data do período da Guerra Fria, e, aqui no Brasil,
principalmente da Ditadura Militar. Ele era utilizado
para desqualificar os (as) estudantes que optavam por militar em um partido ou
facção política (normalmente de esquerda e/ou comunista) e que agiam dentro da
universidade. É um termo pejorativo,
utilizado basicamente pela direita, pelo senso comum ou Repressão. Este carrega
um sentido de oportunismo, de mistério sombrio, de desfaçatez, de manipulação,
enfim, nada que seja bom constar na biografia de alguém que com ela se
preocupe. Se a senhora não foi um destes chamados “ESTUDANTES PROFISSIONAIS”,
provavelmente foi apoiadora da causa de muitos, ou então mudou muito sua
trajetória, dado que anda com pessoas que têm raízes no movimento sindical e
estudantil da UFPA.
Na verdade, não foi
a primeira vez que escutei alguém me chamar desta forma, mas, sem sombra de
dúvida, mas foi a que mais teve sentido. E este explicarei nas linhas seguintes:
Fiz parte, com muito
orgulho, deste conjunto de pessoas que você (des)qualificou como “ESTUDANTES
PROFISSIONAIS”. Foi durante o fim da década de 90, na época do FORA FHC, no
período em que resistíamos aos desmandos do neoliberalismo no país, em franca
ascenção, e que mirava a morte do sistema público de ensino universitário
brasileiro. Fui diretor da União Estadual dos Estudantes do Rio de Janeiro,
responsável pelo acompanhamento da Região Serrana do Rio de Janeiro, onde
morava e estudava. Em 2001 passei no vestibular para o curso de História, na
Universidade Federal Fluminense, onde fui eleito conselheiro departamental e
universitário, assumindo a Diretoria da UEE-RJ responsável pela área de Niterói
e São Gonçalo. Logo depois, em 2002, pouco antes da histórica vitória das
forças populares, elegendo Lula, fui eleito presidente da UEE-RJ. Em 2003
assumo a vice presidência da UNE no Rio de Janeiro. Só fui receber qualquer
importância, a título de ajuda de custo neste último período, cerca de 300 reais
por mês (2003 e 2004). Não tive bolsas, de nenhum tipo.
Bom, durante esta etapa de minha vida eu poderia ser caracterizado,
sem medo de errar, desta forma que a senhora quis dizer, quis significar. Era
destes agitadores, que enfrentavam a privatização e perturbavam o falecido
Paulo Renato e Fernando Henrique Cardoso, sendo detido e preso algumas dezenas
de vezes, todas por razão de manifestações políticas e congêneres. Que tempo
bom foi esse, vitórias e derrotas que temperaram a minha militância e de toda
uma geração. Para mim, esse saudoso momento terminou, pelo menos para mim, em
2004, quando do fim de meu mandato à frente da entidade. Terminaram na
universidade, visto que no período era dirigente estadual do Partido Comunista
do Brasil no Rio de Janeiro e da União
da Juventude Socialista- RJ.
E se haviam
terminado naquele período, neste atual nem se fala. Realmente estudo na UFPA,
mais especificamente na Faculdade de Filosofia, matrícula orgulhosamente
conquistada numa prova de transferência, mais conhecida como Vestibulinho. Tive
a honra de poder matricular-me nesta universidade, que, além de linda, é
pujante espaço de desenvolvimento dos movimentos sociais, campo de ação do qual
nunca me afastei. Estranho seria se, um militante, com mais de 15 anos de vida nas
lutas, entrasse para a UFPA e não participasse, ao menos de leve, da disputa
cotidiana de idéias e rumos que acontece. Apenas não consigo fazer coisas de leve...enfim...
Parece que um dos
episódios nos quais a senhora se baseia para chamar-me de ESTUDANTE
PROFISSIONAL foi o processo eleitoral do ICED, quando de sua vitória sobre meu
amigo e ex-colega de partido, professor Ronaldo Lima. Neste período eu já fazia
parte da direção da base do PcdoB na UFPA e, na época, decidimos que
ajudaríamos esta chapa. Da mesma forma, todos os militantes do PSOL da
universidade giraram suas atenções para lá, a senhora Vera Jacó (Gerdau)
mobilizou a família para garantir facilidades jurídicas, enfim, houve uma
disputa política dentro da universidade, sabida por todos. Quando fica claro
este fato, sua afirmação de que eu seria ESTUDANTE PROFISSIONAL, por conta
desta empreitada em que perdemos uma batalha, soa como sonsa ingenuidade ou má
fé, ou provavelmente as duas coisa combinadas. Do contrário devo agradecer-lhe,
pois estaria elogiando-me, comparando-me com aqueles com quem anda, pois não há
diferença entre as motivações destes e as minhas, quando o ponto de vista é a
forma utilizada, que é o mérito em questão. Acredito que considera seus pares
como pessoas detentoras de algum respeito, ou então, enfim, sua sanidade, ou
caráter, estariam comprometidos, ou mesmo quem sabe os dois. A senhora deve
saber em qual das duas opções se enquadra (pode também fazer mais combinações,
caso achar necessário)
De qualquer forma,
será um elogio, visto que José Henrique Vilhena (interventor de FHC na UFRJ),
entre outras figuras tratantes, já referiram-se desta forma a meu respeito
anteriormente. É uma honra ser odiado pelos inimigos ou mesmo amado pelos
amigos, ruim é não ser nada.
Esta carta continua... não perca: desespero, REUNI e PSOL... isso
vai dar merda!!
Alan Frick- estudante de filosofia
SECRETÁRIO
POLÍTICO DA BASE DO PCdoB NA UFPA
Por: http://blogdofrick.blogspot.com/2012/02/carta-aberta-ana-tancred.html?showComment=1329162693869#c8078001337933951627
Pissolistas são tão reacionários quanto tucanos e demos... É da formação pissolista ser déspota, com raras exceções.
ResponderExcluirÍsso é mais comum do que imaginamos. Professores marginalizando alunos que "pensam".
ResponderExcluirJuan Carlos
Alan Frick adora aparecer!
ExcluirAlan Frick adora aparecer!
ResponderExcluirRede Celpa solicita, após anunciar concordata, o aumento de 20% na conta de energia do nosso estado, só lembrando que estamos entre as tarifas mais altas do país. Informo-lhes ainda ou lhes faço lembrar que na foto de privatização da empresa no estado adivinhem quem é um, dentre os que estão segurando o martelo para fechar o lance? Uma dica: Não é o Tiririca! Mas tem carequinha igual de um palhaço( melhor personagem para nos fazer “rir pra não chorar” esse momento não encontrei), isso mesmo minha gente Jatene! Nosso digníssimo Professor e ilustríssimo governador Simão Jatene. Agora lhes pergunto: será que essa solicitação não será atendida? Eiiita nós!
ResponderExcluirE para terminar, lembrarei uma musiquinha que encheu nossos ouvidos e muita gente se deixou levar:
Vote Jatene! Jatene já! Jateneeeee! Jateneeeeee! Pro Pará crescer vote Jatene Já!
Durmo todos os dias tranquilo com minha consciência por saber que não contribui para que uma pessoa com os interesses administrativos de uma cidade voltados para atender uma elite financeira do estado não se elegesse, só fico preocupado com quem não tem a percepção de ver o peso do seu voto.